quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dois Lados




Nordeste... 
Terra de sonhos e pesadelos. 
Terra de gente farta de alegria e hospitalidade,
Terra que “farta” hospitais e as tristezas são constantes... 
Povo feliz apenas porque vive... 
Povo triste porque padece. 

Lugares bonitos, turísticos e ricos, 
Lugares estranhos, solitários e pobres. 

Crianças inteligentes e bem tratadas, 
Jovens analfabetos e famintos. 

Moças bonitas, cultas e elegantes, 
Meninas feias, rudes e mal vestidas. 

As praias cheias de água e gente, 
Os rios vazios e desertos. 

Pobres trabalhadores de roupas rasgadas, 
Políticos preguiçosos e bem trajados. 

Empresários corruptos, 
Homens honestos. 

Estados visitados por muitos, 
Região esquecida por todos... 

A primeira terra descoberta, 
O último lugar avistado. 

Talentos revelados, 
Heróis esquecidos. 

Mentes que brilham, 
Pensamentos que se apagam. 

Fome, seca e desemprego, aqui se têm de muito, 
Comida, chuva e trabalho, no Sul não faltam 
No Sul, as matas verdes e as grandes árvores assobiam, 
Aqui, a caatinga seca e os gravetos se estralam. 

O cartão postal da beleza brasileira, 
Talvez, o retrato da pobreza nacional. 

Quem não o conhece, talvez o ignore... 

Mas quem já veio aqui, um dia voltará novamente. 

Autor: Wallace Cristino Bispo
Contato: brasil1contabilidade@yahoo.com.br

(*) Custodiense radicado atualmente em Batatais-SP. Filho de Chico Bispo. Neto do saudoso Luiz Cristino Bezerra e Dona Áurea. Seus pais residem no sitio Retiro, na estrada para Quitimbu. Quando jovem estudou na Escola José Pereira Burgos. Se considera um vencedor, graças a educação que teve dos seus pais em sua terra natal. Foi para São Paulo se alimentando apenas com uma lata de doce Tambaú. Lutou bastante, fez faculdade, montou seu escritório e hoje tem uma empresa de transportes. Fez esse texto devido a concentração de renda, segundo ele, serve para o Brasil como um todo.

1 comentários:

Anonymous disse...

Walace.
Excelente esta tua crônica/poema que bem retrata o Brasil, notadamente nosso nordeste.
Um dia, quem sabe, nossos netos ou mesmo bisnetos, farão um poema/ode
bem diferente.
Fico feliz em saber da existência de mais um custodiense vencedor no sul maravailha.
Fernando Florencio
Ilheus/Ba

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