sábado, 28 de janeiro de 2012

Lembranças apagadas - por Paulo Peterson


O blog Custódia Terra Querida cada vez mais, têm sido o local para os saudosistas de plantão, possam rever e relatar através de textos e fotos, lembranças de outrora, de uma época que não volta mais. Pouco tempo atrás, vários comentaram foram feitos com indignação pela reforma e retirada da escadaria na Igreja Matriz. Local de grande recordação para muitas gerações.

Outro dia, conversando com o colaborador e blogueiro Carlos Lopes,  ele comentava justamente as mudanças que o progresso vem fazendo nas fachadas e paisagens de nosso município. A destruição de uma residência tradicional(foto) ao lado da Igreja Matriz, há um tempo atrás, apagou mais uma residência marcante do nosso passado.

E assim vamos vivendo...

Paulo Peterson


Final da Enquete: Origem do nome de Custódia


Chegou ao final mais uma enquete realizada pelo Blog Custódia Terra Querida. A primeira foi a escolha do novo modelo para Praça Ernesto Queiroz. A segunda perguntou "Qual versão sobre a origem de Custódia é a verdadeira para você?"

A primeira opção: Dona Custódia (183 votos - 74%), e Padres Jesuítas (63 votos - 25%). Comente o resultado e a enquete.

A próxima enquete será: "Foi correto a decisão de proibir som automotivo em bares?"

Dê a sua opinião votando, e comentando nos comentários do blog.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Rio S. Francisco bloqueia passagem de comunidades de Custódia




O trecho do lote 11 das obras bloqueou a estrada de mais de 200 anos que servia de acesso para a cidade. Segundo os moradores, a promessa inicial era de que aqui seria feito um túnel para não comprometer a passagem


Quando concluída, a transposição do rio vai beneficiar mais de 12 milhões de nordestinos que vivem no semiárido. Só que, por enquanto, o projeto orçado em mais de R$ 6,5 bilhões, tem sido causa de transtornos para 200 famílias de seis comunidades rurais de Custódia.

O trecho do lote 11 das obras bloqueou a estrada de mais de 200 anos que servia de acesso para a cidade. Segundo os moradores, a promessa inicial era de que aqui seria feito um túnel para não comprometer a passagem de veículos e animais.

Um paredão, do tamanho de um prédio de três andares, base para a colocação das placas de concreto do canal, foi terminado, mas o túnel não foi incluído no projeto. Agora, criadores e agricultores precisam pegar um longo desvio.

Anteriormente, o percurso até Custódia era de 30 km. Com as atuais condições, os habitantes são forçados a percorrer o dobro da distância.

Os moradores das comunidades encaminharam denúncia ao Ministério Público Federal e ao Ministério da Integração Nacional. De acordo com eles, o problema pode piorar com o início do período chuvoso. É que com a cheia do Rio Moxotó, ficariam sem saída, já que até o desvio, também seria comprometido.

Os moradores se reuniram para discutir a situação. Estão sendo prejudicados estudantes, agricultores que fazem o transporte da produção para a cidade, além dos criadores que precisam levar o gado das áreas de pastagem para os currais.

As famílias também temem que as obras da transnordestina  acabem avançando para a estrada, reduzindo ainda mais o espaço para trafegarem pelas comunidades. Eles reivindicam uma oportunidade de dialogar.

Sobre o problema,  hoje, representantes do Ministério da Integração Nacional visitaram as áreas mostradas na reportagem e prometeram fazer um levantamento da situação. Até março, devem apresentar uma solução para os moradores.

por Franklin Portugal


Araripina/Custódia - Campeonato Pernambucano 2011


Durante o Campeonato Pernambucano de 2011, alguns atletas de Custódia, jogaram torneio representando o time do Araripina como juniores. A parceria surgiu após torneio vencido em Afogados da Ingazeira pela escolinha CENTRO DE FUTEBOL CUSTODIENSE. O talento de alguns atletas chamou atenção do presidente, surgindo ai, o convite para o time do Araripina.

Um dos destaques do time no torneio em Afogados, foi o goleiro Edilson, defendendo 3 penaltys na semi final e 2 na grande final.

Foto: Partida contra o Santa Cruz, placar de 5x0 para os donos da casa.

Nomes dos atletas escritos no BID e na CBF: Damião Edilson da Silva Pereira, Cosmo Eduardo da Silva Pereira (Dudu), Rodolfo Giovanni Bernardo Nogueira e Klériston Gustavo Pádua de Sá. 

Técnico: Fabiano 
Assistente: Mário Paulo


Cultura Livre nas Feiras - Custódia dia 30


Na próxima segunda feira dia 30 de janeiro, o Projeto do Governo: Cultura Livre nas Feiras vai estar em Custódia, na programação que tem inicio às 9h30 da manhã, se apresentam pela feira local o sanfoneiro NETINHO DE CUSTÓDIA, o Sanfoneiro EDUARDO, BANDA DE PÍFANOS e o grupo LUAR DO SERTÃO. O objetivo desse projeto é identificar e reconhecer artistas valorizando seus trabalhos.


PROGRAMAÇÃO:


9h - A magia do circo na feira
10h - Grupo de Danças Luar do Sertão
11h - Netinho sanfoneiro
12h - Banda de Pifano 
13h - Parceiros do Forró 

Realização : Secretaria de Cultura de Pernambuco 
Apoio : Prefeitura municipal de Custódia - Secretaria de Educação e Cultura.

Pra te Adorar - Plínio Fabrício


Música composta por Plínio Fabrício e sua filha Fabrícia Leonara em agradecimento ao Padre Reginaldo Manzotti pela sua sabedoria e carisma fez realmente o compositor conhecer a palavra de Jesus com as suas pregações.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Concurso de Sanfoneiros, Cantores e Toadeiros 2012



Atenção comerciantes, empresários, políticos e pessoas de um mode em geral. O compositor SIQUEIRINHA DO BAIÃO está pedindo patrocínio para um grande evento a ser realizado no dia 28 de Janeiro de 2012, no Bairro da Rodoviária a partir das 18h. Acontecerá o Concurso de Sanfoneiros, Cantores e Toadeiros amadores da cidade e região. Prêmios do 1º ao 5º lugar.

Faça já sua inscrição com Siqueirinha do Baião. 
(87) 9996-1137 ou na Rádio Custodia FM (87) 3848-2656. 

Apoio: Rádio Custódia FM e Prefeitura Municipal de Custódia


Pifeiros da Novena de São Sebastião - Samambaia


Apresentação de Pifeiros durante Novena de São Sebastião no Distrito de Samambaia. A festa é realizada entre os dias 13 a 22 de janeiro. 


Fonte: Site Cristiano Lira

Miguel Arraes em Custódia (1986)



Fotos da passagem de Miguel Arraes por Custódia em 1986, resgatadas pelo vereador Gilberto de Belchior em seu blog. Depois de cassado e deportado pelo golpe militar de 1964, Arraes volta ao poder através da memorável e emocionante campanha de 1986, onde os jingles da campanha diziam: "Arrastaí Arrastaí denovo, Arrastaí Arrastaí meu povo"; "Volta Arraes ao Palácio das Princesas, vai entrar pela porta que saiu", entre tantas outras frases de efeito.

Nas fotos acima observa-se Arraes no centro de Custódia em desfile pela rua Manoel Borba, com o candidato ao Senado, Padre Mansueto de Lavor, que se encontra discursando, ao seu lado Gilberto de Belchior (coordenador da campanha) e o candidato a Deputado Estadual, Manoel Alves, tendo a frente do palanque uma grande multidão que se espremia para ver Arraes.

Fonte: Blog do Vereador Gilberto de Belchior

Obras do Projeto São Francisco são remobilizada


Sertânia (PE) – Os trabalhos em cinco lotes do Projeto de Integração do Rio São Francisco serão retomados até fevereiro. Nesta segunda-feira (16/1), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, assinou a ordem de serviço de R$ 132,8 milhões, para continuidade das obras do lote 12, em Sertânia (PE). Nesta semana serão contratadas 93 pessoas e até fevereiro serão 500 carteiras de trabalho assinadas neste trecho. 

Os outros lotes que serão remobilizados são: os lotes 1 e 2, em Cabrobó (PE), na próxima semana; o lote 10, em Custódia (PE), na primeira quinzena de fevereiro; e o lote 13, em Floresta (PE), em março de 2012. “O momento mais difícil e complicado já passou. Com a conclusão dos ajustes contratuais, estamos remobilizando a obra”, ressaltou o ministro durante a assinatura. 

Com essa remobilização, os únicos lotes que permanecerão interrompidos são: o lote 4,em Verdejante (PE), e o lote 7, em São José de Piranhas (PB). Os contratos desses trechos estão sendo rescindidos em razão do Ministério manter a decisão de não aditar os contratos além dos 25% previstos em lei. Esta decisão determinou a revisão dos contratos vigentes, levantamentos de campo para a promoção de rescisões parciais dos atuais contratos e a preparação de novas licitações. Os trechos de obras que faltam ser feitos serão licitados novamente em fevereiro e o reinício das obras dependerá do andamento dessas novas licitações.

O Projeto São Francisco faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e está orçado em R$ 6,8 bilhões. Já foram pagos R$ 2,8 bilhões até o mês de janeiro e empenhados R$ 4,3 bilhões. No ano de 2011, o Ministério investiu R$ 564 milhões.

Atualmente, o Projeto, que levará água e segurança hídrica para mais de 12 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, emprega 3.900 trabalhadores e este número deverá alcançar 6 mil postos de trabalho até julho de 2012. 

A contratação de mão de obra é mais um sinal de que o Projeto de Integração do Rio São Francisco não está interrompido ou parado. Estão em construção canais, barragens, aquedutos e túneis. A obra, composta por 700 km de extensão, é dividida em 14 lotes e mais dois canais de aproximação a cargo do Comando do Exército. O Eixo Norte, com 426 km, tem 46% de avanço e Eixo Leste possui 287 km de extensão e conta com 71% das obras concluídas.

Fonte: O Nordeste (Agências de notícias)

Lei Seca no Interior do Estado


Pela primeira vez, a Operação Lei Seca chegou ao interior de Pernambuco. Promovida pela Secretária de Saúde do Estado, Detran e Polícia Militar, a campanha saiu de ações somente no Grande Recife e aportou desde a última sexta-feira (20) nas cidades de Ouricuri, Trindade e Araripina, no Sertão. Nos primeiros três dias de atuação, de sexta a domingo, foram abordados 232 veículos, sendo 137 motos. Desses, 125 foram multados por irregularidades e 36 motoristas tiveram a carteira recolhida. Sendo quatro levados à delegacia para que fosse lavrado o flagrante, por terem ingerido álcool acima do permitido.

Ainda segundo balanço da SES, durante o fim de semana, nos três municípios, foram registrados um total de 21 acidentes de trânsito, contra 32 do final de semana anterior, uma redução de 34%. Quando se compara só os acidentes de moto, a redução é de 39%. A Operação Lei Seca ficará nas cidades sertanejas até o dia 30. Depois, a fiscalização deverá seguir novamente para o Interior quando for realizada a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Brejo da Madre de Deus.

Na sexta-feira (27), será inaugurado, em Ouricuri, o primeiro Comitê Regional de Acidente com Motos. O órgão será responsável por várias ações de prevenção e diagnóstico sendo gerido por entes das iniciativas pública e privada.

Blog do Sertão

Sevy Gomes - Mulher que mudou a história de Pernambuco


Natural do Município de Custódia – Sertão do Moxotó, ali vivi uma infância de muito espaço, muitos folguedos, contato com a natureza e aconchego familiar. Conclui o curso primário aos 11 anos no Grupo Escolar General Joaquim Inácio. No Colégio Santa Dorotéia, em Pesqueira, as irmãs, abnegadas e competentes, souberam lidar com as inquietações e as fantasias de normalistas adolescentes, tornando-se cidadãs profissionais.

Volto à minha terra como profissional titular, e, aos 17 anos, fui designada para uma escola multisseriada em Samambaia – zona rural do Município. A inexperiência, as limitações do material didático, a falta de energia elétrica e transporte motorizado só nos finais de semana, num primeiro impulso, me fizeram pensar em renunciar.

O exemplo de bravura e a persistência das crianças vindas de sítios e de fazendas, a pé ou a cavalo, sob o sol forte ou sob chuvas, o seu afeto e carinho me sensibilizaram, e assumi a escola e as atividades da comunidade durante cinco anos.


Essa experiência, que me legou uma bagagem pedagógica e de vida, me fez administrar sem dificuldades o Grupo Escola João Guilherme, em Tacaimbó, no Agreste, e passar com destaque no Concurso de Supervisor Escolar de Professores Leigos, promovido pela Secretária de Educação, em Recife. Tal supervisão se desenvolveu dentro de um programa com excelentes resultados nas escolas municipais do Interior e da Região Metropolitana, que lamentavelmente foi suspenso com o afastamento do governador Miguel Arraes.

Lotada na Divisão de Contabilidade da Secretaria de Educação, participei do curso intensivo Orçamento e Administração Financeira, da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. A programação de visitas e passeis da disciplina Relações Pública me fez comprovar ser o Rio de Janeiro a Cidade Maravilhosa, que não se repete, pela exuberância de sua natureza, pela construção do homem e pela sua vocação turística.

De volta a Recife, prestei vestibular para o Curso de Pedagogia, com especialização em Supervisão Escolar, na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Professora atuei em turmas com perfis sociais, econômicas e emocionais diferentes: alunos da zona rural e do Recife – Nova Descoberta, Colégio Israelita (particular) e Juizado de Menores. Foram vivências que exigiram uma dinâmica pedagógica diferenciada para lidar com um universo de atendimento tão distinto, ainda que criança.

Como técnica em assuntos educacionais, o tempo maior de serviço público, foi voltado para o Ensino Supletivo. Coordenei a equipe de Educação e Promoção Profissional do Adulto – DEPPA, sob a direção do Professor Josias de Albuquerque.


Com o advento da Lei de Diretrizes e Bases n° 1.692, de 11 de agosto de 1972. O Ministério de Educação e Cultura- MEC, cria o Departamento de Ensino Supletivo – DSU Nacional e nos Estados.


Com a reforma da estrutura técnica e administrativa da Secretária de Educação e Cultura – SEC, em 1974, durante gestão de dois secretários – Coronel Costa Cavalcanti e Dr. José Jorge, assumi a Divisão de Ensino Supletivo – DSU.

Com essa função, participei dos encontros de diretores dos DSU´s, em Brasilia, congressos dos Secretários de Educação, em diferentes Estados, e reuniões técnicas com representantes de outros países, patrocinada pela OEA, OIT e Ministério do Governo Brasileiro. Em todos esses eventos, a pauta social incluía jantares, passeios e festas de congratulações que estreitavam círculo de relações pessoais e profissionais.

Com a pretensão de ampliar experiências, submeti-me ao concurso interno da SUDENE/MINTER. Selecionada, integrei a equipe da Divisão de Treinamento do Departamento de Recursos Humanos, assessorando as Secretarias do Trabalho nos Estados do Nordeste, com visitas mensais.


Para essa atuação, participei do curso de Pós-Graduação em Planejamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos, por meio de convênio celebrado entre a SUDENE e a Universidade Federal de Minas Gerais. Foi uma experiência de universidade aberta, com um curso a distância e em serviço, com avaliações prévias e posteriores para cada módulo de ensino, em Belo Horizonte, durante 18 meses.


Essas atividades de trabalho e de estudo foram entremeadas por viagens de férias em excursão a cidade brasileiras e passeios aos países da América do Sul e da Europa.

Revivi, com festas comemorativas, à altura das datas, as bodas de 50 e 60 anos dos meus pais, com a presença de quatro gerações, casamentos e conclusão de curso dos familiares.

Com a aposentadoria, voltam as imagens da “pátria da infância” – Custódia. Edito o primeiro livro autobiográfico, Caminhos do Afeto, com recursos próprios e lançamento em Brasília, Recife e Custódia, onde a renda foi revertida para a restauração da Matriz de São José, um belo templo construído pelo Padre Pedro Leão Verzeri, italiano, no ano de 1934.

Participei de reuniões do Centro de Estudo da História Municipal – CEHM, em Recife, organismo integrante da Agência CONDEPE/FIDEM, e centrada na afirmativa do poeta acadêmico Cyl Galindo de que “Um povo sem história é um povo se identidade… ”e de que o Brasil precisa coletar o registro histórico dos municípios e do seu povo”, decidi historiar o meu município.

O livro Custódia Relicário do Sertão tem a justificativa de homenagear os 80 anos de emancipação política do Município, divulgar de modo singular e específico a história e a força dessa gente sertaneja, despertar o senso de preservação nos jovens da sua própria história e propiciar o acervo particulares público de escolar, bibliotecas e instituições.

Do Sertão ao Litoral, passando pelo Agreste e pela Zona da Mata, vivenciei experiências com grupos diferenciados social e economicamente, cujo linguajar, costumes e anseios caracterizaram o regionalismo do meu Estado. Esses caminhos são minha história, onde fui me deixando e me construindo como individuo, como um ser coletivo e como profissional.


Texto extraído especialmente do livro “MULHERES que mudaram a história de Pernambuco” – IV Volume – Carlos Cavalcante.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MPPE continua combate à poluição sonora em Custódia


Mais três Termos de Ajustamento de Conduta (TAC´s) foram firmados, através do promotor de Justiça Petrônio Benedito Barata Ralile, com proprietários de estabelecimentos comerciais no município de Custódia, com o objetivo de combater a poluição sonora. Após a assinatura dos TAC´s, os compromissários se comprometem a não proceder, promover, realizar ou permitir que se faça qualquer ato ou atividade que provoque emissão sonora que perturbe o sossego dos moradores residentes nas proximidades dos bares.

O promotor de Justiça firmou os termos após várias reclamações acerca do barulho provocado por esses estabelecimentos, causando transtornos e perturbando o sossego dos moradores da região. O transtorno vem sendo causado principalmente pelos carros que estacionam nas imediações do bar e liga o som em alto volume, enquanto consomem os produtos e serviços.

Diante desse fato , os donos dos bares também se obrigam a proibir a utilização de som alto em veículos dos consumidores dos seus serviços devendo, sempre que o volume do som exceder o necessário, solicitar que reduza e, caso assim o cliente assim não proceder, pedir para que se retire do estabelecimento ou chamar a polícia. Os proprietários ainda assumiram a obrigação de afixar os TAC´s nos seus respectivos bares para conhecimento dos consumidores, mostrando as cláusulas que devem obedecer, sempre que necessário for à conscientização dos consumidores.

Fonte: Dárcio Rabêlo

Zé Cabocolo ganha festival Arizona


“Zé Caboclo e seu Conjunto”, da cidade de Custódia, foi o grupo vitorioso no I Festival Arizona de Música Sertaneja e recebeu, ontem, os prêmios da sua classificação: um cheque de Cr$ 30mil, um contrato com a gravadora Chantecler, para gravação de um LP exclusivo que aquela empresa divulgará e comercializará em todo o Brasil o direito de gravar duas faixas num disco que reunirá os seus primeiros vencedores da competição e o troféu “Viola de Ouro”, distribuído a todos os finalistas.

A repercussão do Festival nos meios musicais pernambucanos foi muito grande, em vista das centenas de candidatos que atraiu, da seleção criteriosa, das eliminatórias e pelo trabalho da comissão julgadora, que realmente indicou os melhores entre os cantores participantes.

Surpresa 

Cerca de 15 mil pessoas compareceram ao Geraldão, sábado, para ver o show de encerramento, que teve a participação de Dominguinhos e Genival Lacerda. A grande surpresa foi o elevado gabarito artístico dos nove finalistas que se apresentaram, arrancando calorosos aplausos. Na opinião geral, os números que executaram foram escolhidos com o mesmo entusiasmo que os interpretados por Genival e Dominguinhos. 

A comissão julgadora do Festival, foi presidida pelo teatrólogo Plínio Pacheco, diretor de Nova Jerusalém, e teve a participação das sras. Ana Maria Maciel, primeira dama do Estados; Cléa Krause, primeira dama do Recife; Zenaide Barbosa, nossa editora geral; cineasta Fernando Spencer, a atriz Diva Pacheco, compositor Eron Viana; radialista Ruy Cunha, a representantes de Caruaru, Arcoverde, dos diretores do Conservatório Pernambucano de música e da gravadora Chantecler. 

O segundo lugar coube ao cantor Arlindo Junior, que recebeu um cheque de Cr$ 25 mil, além do troféu e diploma. O terceiro foi conquistado pelo grupo “Macambira”, de jovens do Recife. O prêmio foi um cheque de Cr$ 20 mil, além de troféu e diploma. No quarto, quinto e sexto lugares ficaram respectivamente. O grupo “Tambores”, de Caruaru; a “Dupla Amaraji” e o “Trio Casa Grande”, este de Arcoverde. Seus Prêmios foram de Cr$ 15, Cr$ 10 e Cr$ 5 mil, mais diploma e troféu. 

II Festival 

O sucesso da promoção causou euforia nos dirigentes das empresas realizadoras – a Rádio Clube de Pernambuco e Companhia Souza Cruz, que imediatamente planejaram uma reunião para exame do desempenho do Festival e medidas capazes de ampliar as dimensões do segundo, em 1982, lhe garantido o mesmo o maior sucesso. 

A competição de 1981 visou a escolha apenas dos interpretes, mas a de 1982 poderá incluir também compositores. De qualquer modo, ficou patente, com a promoção, a existência de centenas de grupos e pessoas preocupadas em elevar os níveis de produção musical em Pernambuco. 

Publicado em: Diário de Pernambuco, edição do dia 18 de Junho de 1981.

Custodiense recebe nome de rua em São Paulo



Através do Projeto de Lei 012/2007, de autoria do vereador CLAUDIO EVANGELISTA DA SILVA e demais vereadores, aprovado por unanimidade na Câmara, a Rua Passeio Cássia, localizada na Vila Minas Gerais, passou a ter a denominação de “Rua JOSÉ RODRIGUES SIQUEIRA”. Popularmente conhecido como “Seu Zequinha”, José Rodrigues Siqueira nasceu no Município de Custódia, Estado do Pernambuco, aos 05 de Agosto de 1926, filho de Manoel Alves Siqueira e Quitéria Rodrigues de Almeida.


Chegou no Município de Teodoro Sampaio em 1952, ainda solteiro, proveniente de Pernambuco. Veio trabalhar na derrubada da mata na Fazenda Cuiabá. Aqui casou-se com a Sra. Generosa Nunes de Magalhães Siqueira (Da. Lozinha), com quem teve 08(oito) filhos: Carlos Alves Siqueira, Davi Alves Siqueira, Elias Alves Siqueira, Maria Aparecida Siqueira Medeiros, Hélio Alves Siqueira, Susana Alves Siqueira, Zélia Alves Siqueira e Paulo Alves Siqueira. Seu Zequinha, depois foi meeiro, comerciante e funcionário público municipal, no cargo de servidor braçal, entre 1975 e 1986.

Veio a falecer em 25 de Fevereiro de 1986, aos 59 anos, deixando muitas saudades aos seus familiares e ao grande número de amigos que residem no Município de Teodoro Sampaio, município este que ele ajudou a nascer e juntamente com sua família contribuiu para com o seu crescimento e desenvolvimento.

Link para o site da Câmara Municipal de Teodoro Sampaio-SP:


http://www.pmts.com.br/camara/docs/not08.htm

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Custódia - A hora do Sertão (TV Globo Nordeste)


Reportagem nº 01
Exibida dia 14 de fevereiro no NETV 
2ª Edição mostrando que obras como a Transnordestina e a Transposição do Rio São Francisco mudaram a realidade da região. 


A reportagem começa em Salgueiro, exatamente no ponto onde as duas obras se cruzam. A construção dos canais que vão levar água do rio São Francisco a quase 400 municípios do nordeste teve início há três anos e meio. Já a estrada de ferro da Transnordestina começou a mudar a região muito antes de ficar pronta. As mudanças começaram há um ano, quando a construtora se instalou no local. “O crescimento, esse aquecimento da economia da nossa cidade chama-se prosperidade”, comemora Socorro Borba, dona de um hotel em Salgueiro.

Nas cidades vizinhas, o efeito é o mesmo. “Com certeza é um oásis aqui no Sertão. Essa chegada da transposição e a Transnordestina trouxe um grande avanço para Serra Talhada e região”, lembra o microempresário Elias Félix.

“Tenho boas chances de crescer, sim, até porque desde o dia em que eu cheguei aqui as chances foram aparecendo, as oportunidades foram aparecendo e em meio a tudo isso, no meio dessa multidão, com certeza tenho muitas chances de crescer. É só saber aproveitar a chance”, diz o carpinteiro Thiago Bruno Costa

Os canteiros de obras se multiplicam. Só a Transnordestina já tem 25 espalhados na caatinga. É deles que vai surgir o caminho da exportação do minério de ferro, do gesso e de outros produtos da região, como os agrícolas.

Em dois anos e meio, se não houver imprevisto, todos os trilhos estarão enfileirados. Isso rasgando todo o Sertão. A ferrovia deve se estender por 1.728 quilômetros unindo a caatinga ao mar. A Transnordestina vai ligar a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, a dois portos: o de Pecém, no Ceará, e o de Suape, em Pernambuco. 

O trabalho avança, não somente no caminho onde vão passar os trens, mas também na fábrica de dormentes, em Salgueiro. Ela abastece a obra com a produção de 4,8 mil dormentes por dia. Já os trilhos, vêm da China.

As construções no Sertão são importantes para o Governo, diz o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e dá uma garantia disso. “A palavra da presidente Dilma. Ela pediu para eu vir aqui para poder assegurar prioridade absoluta, total, ao cronograma de execução das obras da transposição e da Transnordestina”, explica.

TRANSPOSIÇÃO
A transposição do rio São Francisco também tem data para inauguração dos dois canais. O chamado Eixo Leste vai captar água na barragem de Itaparica, no município pernambucano de Floresta, e percorrer 220 quilômetros até o rio Paraíba, deixando pelo caminho água em várias localidades. O Eixo Norte vai fazer a captação perto da cidade de Cabrobó, em Pernambuco. E ao longo de 426 quilômetros vai levar água ao Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

“O Eixo Leste vai ficar pronto no final de 2012 e o Eixo Norte vai ficar pronto no final de 2013”, afirma Fernando Bezerra Coelho.

Para o trabalho, as construtoras precisaram contratar quase 20 mil pessoas até agora. E isso mudou radicalmente o mercado de trabalho da região. “A grande dificuldade nossa aqui hoje é ter pessoas qualificadas tanto pra trabalhar com caminhões e máquinas. Como é uma região carente em vários aspectos, pela quantidade de máquinas que a gente trouxe para região, é um dos nossos desafios hoje, que a gente está com um programa de treinamento intensivo pra suprir essa necessidade”, diz o engenheiro mecânico Jacob Rachid.

O trabalho é dia e noite. Cássia Aparecida Figueirede conseguiu vaga no turno que vai até de madrugada como ajudante de apontador. Ficou oito meses desempregada depois que a lanchonete que tinha faliu. “Aqui eu estou prosperando, estou ganhando melhor, estou podendo suprir todas as necessidades. Aqui eu estou podendo ter a chance, como agora eu estou treinando para ser apontadora.”

Cássia convive com muita gente mesmo de Salgueiro, e também com muitos colegas que a empresa trouxe de fora. Entre eles, Alan Costa Queiroz, que veio de Salvador. Para rabalhar como técnico de eletricidade. “Por motivo de crescimento, conhecimento na área profissional, já trabalhava em empresa, exercia outra função, então eu vim para minha área de técnica em elétrica.”

Em Custódia, por onde também passam as obras, o progresso chegou de forma veloz. E mão de obra é difícil de encontrar. Aquele tempo em que o sertanejo precisava arrancar da terra milho e feijão, quando chovesse, não se parece em nada com o que se vive hoje. No restaurante, há dificuldade para contratar garçons.

“Na realidade, houve uma evasão muito grande em termos de empregos locais por conta do advento da transposição e da Transordestina, nós tivemos dificuldades. Custódia já merece ter uma faculdade para otimizar a mão de obra, para facilitar o acesso das pessoas que querem ter uma graduação, porque hoje o que acontece é que as pessoas vão para Serra Talhada, para Arcoverde. Então está na hora de Custódia cuidar da formação das pessoas aqui”, revela a administradora do restaurante Fátima Melo.

A enorme ampliação de vagas de trabalho gerou um movimento inverso ao de décadas passadas. Na mesma estrada que leva para o Sudeste, a diferença é que agora não é mais o nordestino que sai daqui para lá. É gente de fora que vem na direção oposta. O que esse pessoal vem fazer aqui? O mesmo que os nordestinos faziam lá fora. Vem buscar oportunidades.

A engenheira Samira Polastre é um exemplo. Ela veio de São Paulo ao aceitar o convite para trabalhar no Sertão do nordeste e não se arrependeu. “No começo eu fiquei um pouco assustada porque não sabia o que eu ia encontrar por aqui, mas assim que eu cheguei tive uma surpresa muito positiva. Eu me sinto bem. As pessoas aqui são muito receptivas, é uma das coisas que eu mais gostei na região, é a hospitalidade do povo. Então não tem motivo para querer ir embora.”

Na terça-feira, a série mostra como foi a chegada dos forasteiros na construção de um Sertão melhor.

Reportagem nº 02 - Exibida no dia 15 de Fevereiro.

Oportunidades geradas pela Transnordestina e pela transposição do rio São Francisco atrai gente de todos os pontos do Brasil 

Jailton é eletricista e morava em Alagoas. Genildo é motorista de veículo pesado e veio da Paraíba. Afrânio trabalha como auxiliar técnico de elétrica e saiu da cidade de Major Isidoro, em Alagoas. Maurício deixou Itumbiara, em Goiás, para trabalhar como eletricista. Marco Aurélio da Silva é armador e deixou para trás o Rio Grande do Norte.

Todos eles deixaram para trás a cidade natal e a família para trabalhar no Sertão. Um Sertão que deu certo, como mostra a segunda reportagem da série do NETV 2ª Edição. Esses ‘forasteiros’ são parte do batalhão de quase 20 mil pessoas que trabalha na construção da ferrovia Transnordestina e nos canais da transposição do rio São Francisco.

Muitos vieram de perto, mas também há gente que viajou muito mais para arranjar um cantinho neste novo Sertão. Como foi o caso do gaúcho Marco Furini, coordenador de programas ambientais. Profissional experiente, há seis meses ele divide com mais cinco colegas uma república em Salgueiro. Vai para casa uma vez por mês e fez a escolha por motivos claros.

“Oportunidade de trabalho, oportunidade de agregar mais ao currículo da gente, ferrovia, uma das mais importantes hoje no País sendo construída e o conjunto disso faz a gente vir participar de um momento muito importante aqui no Nordeste”, conta o gaúcho.

Antônio Carlos Lepiane, paulistano, chegou há um ano e dois meses para trabalhar como gerente de equipamento. “Eu tinha uma imagem pouco pior do que seria trabalhar no Sertão. Recife é uma capital, tem todos os recursos. Eu trabalhei lá também no ano passado, não foi uma surpresa, mas aqui no Sertão o que está mostrando é um pouco, eu acho, o retorno das pessoas que um dia saíram daqui e que hoje estão voltando. Isso está sendo uma surpresa agradável pra nós.”

Josefa Araújo Silva é uma das pessoas que voltaram. Foi tentar a vida em São Paulo. Voltou para Verdejante, onde nasceu, quando o Sertão começou a ser transformado. Nunca foi garçonete, mas fez um curso do Sebrae e agarrou a vaga com vontade. “Agente se acostuma né, a trabalhar, ganhar o nosso dinheirinho, conquistar algumas coisas de certa forma material, né? E acho que traz medo para qualquer pessoa ficar sem isso. Já comprei até uma moto.”

E é nesta moto que, todo dia, depois do expediente, Josefa dá carona a uma amiga. Está feliz. Ela mora a 30 quilômetros de onde trabalha. Dorme em casa todo dia, mas a quantidade de gente que vem de longe obriga as construtoras a fazer manobras para conseguir abrigos.

“Hoje nós temos vários alojamento. Tem alojamento até dos executivos. Tem alojamento para mulheres, são muitas mulheres que trabalham aqui na Transnordestina que vieram de fora e foram preparadas, técnicas, engenheiras, operadoras”, destaca o diretor-presidente da Transnordestina, Tufi Daher Filho.

Entre as pessoas que trabalham na Transnordestina, há 3,6 mil em repúblicas, pousadas, hotéis e alojamentos. Em Salgueiro, vilas inteiras foram alugadas. “O começo foi muito complicado porque a cidade não tinha estrutura nenhuma, então a gente teve que arrumar muita casa, a gente alugou um hotel inteiro e transformou muito a região no sentido econômico’, recorda o gerente de infra-estrutura da construtora responsável pela obra, Alexandre Biselli.

Com o crescimento da procura, os preços dos alugueis foram parar nas alturas. “A casa que eu moro hoje em dia subiu 200% do valor. A casa custava R$ 150 e hoje está R$ 350, quase 200% de reajuste”, conta o técnico de elétrica, Alan Costa Queiroz.

Alojamentos foram levantados. E só nas obras da Transnordestina são 27, abrigando quase 1,7 mil pessoas. Os contêineres, que podem ser levados para onde a obra migrar, têm sido uma solução. Os operários só vão para casa a cada quatro meses. 

E para aproveitar os momentos de folga, foi criada até uma área de convivência. O local fica junto dos dormitórios e as atividades semanais são diversificadas. “Toda segunda-feira a gente antecipa a programação, onde a gente tem sessão de cinema, a gente tem missa, tem culto evangélico. A gente procura sempre intercalar missa numa semana e culto evangélico na outra. Temos apresentações culturais, tentando valorizar os artistas da região”, diz o assistente social Rodrigo Guimarães de Lucena.

Tem até uma banca: Beijo Love – Despertando Emoções. Os músicos são parentes do pedreiro José João. Ele é o autor das músicas. “Eu estou trabalhando aqui, certo que eu estou focando o meu trabalho, mas de repente surge uma melodia, uma letra. Quando eu estou sem o celular eu já peço de um amigo e gravo... depois eu pego e faço a música.”

E enquanto constrói o futuro de muitos sertanejos, João josé sonha em fazer sucesso com o grupo. Ser conhecido nas rádios sertanejas. No alojamento, já tem público cativo.

Nesta quarta-feira, a série mostra uma gente que descobriu que podia ganhar dinheiro no Sertão sem ter necessariamente que trabalhar nas obras.

Reportagem nº 03 - Exibida no dia 16 de Fevereiro.

Restaurantes cheios, hotéis e pousadas lotados e a procura por imóveis cresceu; esse é o novo retrato da região.

Hotéis lotados, restaurantes cheios e uma procura desenfreada por imóveis. Esse é o novo retrato da região sertaneja de Pernambuco que você vai ver na terceira reportagem da série sobre o Sertão que está dando certo, exibida pelo NETV 2ª Edição.

Em Custódia, de repente, os terrenos estão sendo cercados, medidos, divididos. A cidade agora está cheia de loteamentos - e num município que nem corretor de imóveis tem. Na falta de um, Eli Pinto Barbalho (foto 2), dono da farmácia, se aventurou a cuidar do assunto. Fez muitos arranjos para abrigar os trabalhadores que chegavam de fora e precisavam de um teto e agradou o morador da cidade que precisava reforçar o rendimento.

“Existiam casos em que a mãe foi morar com o filho, com os filhos ou então os filhos foram morar com a mãe, o casal, para formar essa renda, tudo para ficar com a casa liberada para alugar. Outros foram morar no sítio para arrumar uma renda, aconteceram vários casos de pessoas que botaram casa para alugar na cidade”, conta o corretor novato.

Em Serra Talhada, o mercado de imóveis também está aquecido. Na cidade, além das obras da transposição do rio São Francisco e da ferrovia Transnordestina, a chegada do campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco (foto 3) também fez crescer a procurar por casas. Para acomodar os novos tempos, a cidade cresce para cima e vai fazendo amizade com o elevador. Os prédios estão surgindo, porque o mercado exige apartamentos, muitos apartamentos.

Elias Félix (foto 4), comerciante, não perdeu tempo. Construiu pequenos edifícios, com apartamentos de 50 metros quadrados - para quem mora só. Já tem o terreno onde vai começar a erguer o terceiro prédio. E elegeu como inquilinos preferenciais os professores da Rural. “Para alugar é facílimo; mas comprar terreno está bastante caro, superfaturado até. Está bastante onerado o preço”, diz ele.

Outra dificuldade: conseguir hospedagem em hotéis e pousadas. Em Custódia, por exemplo, está mesmo difícil e o único hotel da cidade que não fechou contrato com nenhuma construtora, que fica na BR-232, está lotado todos os dias. Para conseguir uma vaga, só fazendo reserva com uma semana de antecedência, e formalizada por e-mail. “Nossos clientes aqui são os engenheiros das obras, as prestadoras de serviço, os demais que prestam serviço e tudo termina em cima da obra”, explica o gerente do hotel, Gildeano João do Nascimento.

Também na beira da estrada, um outro hotel já se preocupou com a ampliação. Os 68 apartamentos estão alugados a uma construtora, num contrato de um ano. O dono tem também um restaurante, que fornece 800 refeições por dia aos operários. 

Para atender a demanda, o dono do hotel, José Pedro de Melo, contratou 30 funcionários. Ele vê ainda mais crescimento no horizonte. “Eu quero ampliar, fazer um restaurante climatizado, montar um mercado, uma conveniência boa aqui na rodovia. Mesmo quando sair, eu tenho certeza que vai ficar bom para gente ainda”, acredita ele.

Em Salgueiro, novas pousadas vão surgindo - e há espaço para todas no mercado. Socorro Borba (foto 5), dona de hotel há 12 anos, acaba de construir 25 apartamentos, inclusive suítes de luxo. Agora o estabelecimento dela tem 57 unidades e é raro o dia em que não está com 100% de ocupação.

“Já teve caso em que eu tive que levar o cliente para dormir na minha casa, ou então, quando eu não tinha como levar, ele dormia dentro do carro na frente do hotel, depois de eu entrar em contato com todos os hotéis, inclusive hotéis das cidades vizinhas, como Ouricuri e Serra Talhada”, relembra Socorro.

A disputa por vagas é tão grande que quase estraga a lua de mel de Thiago Bruno Costa. Depois que começou a trabalhar na Transnordestina, resolveu se casar. Sem folga para viajar, resolveu impressionar a amada com uma estadia num hotel bacana de Salgueiro. “Dois dias antes, eu fui lá para ver, deixar tudo certinho, aquela coisa para o casamento como a gente deseja. Só que quando eu cheguei lá não tinha mais vaga. Todos os hotéis da cidade em que eu fui, rodei, procurei, até mesmo pousada, e não tinha mais nenhuma vaga.”

Apesar de tudo, é bom esclarecer que Thiago teve uma lua de mel bacana, está casado e feliz. Está tão satisfeito quanto Edmilson Torres de Sá - novo dono de restaurante na região, que chegou a passar por um sufoco. “Foi demais, viu? Foi empréstimo que quase não acaba mais. Mas conseguimos pagar e hoje eu acho que nós não devemos quase nada a ninguém”, festeja.

Na reportagem desta quinta-feira, veja como o crescimento de restaurantes dá sabor ao desenvolvimento do Sertão. Lá, agora, tem de tudo: de marmita a comida japonesa.

Reportagem nº 04 - Exibida no dia 17 de Fevereiro.

Grandes obras têm atraído investidores, mas como ficará a situação dos hotéis e pousadas após a finalização dos empreendimentos?


A procura por imóveis está cada vez mais crescente no Sertão de Pernambuco. Nas principais cidades sertanejas, os hotéis e pousadas estão lotados e as grandes obras – como a Transnordestina e a transposição do São Francisco - têm atraído construtoras dispostas a investir no setor hoteleiro.

Tanta demanda por leitos vem causando uma preocupação nos investidores: como ficará a situação desses hotéis e pousadas depois que as grandes obras acabarem e a população que está acolhida no Sertão for embora?

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (Abih), José Otávio Meira Lins (foto), afirma que o setor está preparado para esse momento. “A iniciativa privada é supercriativa e temos ideias para depois que esses projetos forem implantados e começarem a operar”, diz.

De acordo com ele, cerca de 10 mil leitos serão construídos no Estado. Para as regiões onde ficam as obras da ferrovia Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco, estão previstos mil leitos. 

“Esses mil leitos estarão concentrados, basicamente, em Sertânia, Salgueiro e Petrolina. Aparenta ser pouco, mas o próprio empresariado do Sertão tem capacidade para ampliar os leitos com mais facilidade, pelo fato dos códigos de obras serem menos rígidos e exigentes”, explica.

Faltam leitos, também, no Complexo Portuário de Suape, na Região Metropolitana. Muitos trabalhadores precisam vir ao Recife e Jaboatão para conseguir lugar para se abrigar. Segundo José Otávio, a ausência de vagas vai “do Cais ao Sertão”.

“Vamos abastecer e nos preparar para quando todas essas indústrias estiverem implantadas. Nós vamos atacar em duas vertentes. Primeiro, a formação da mão de obra e capacitação de pequenos gestores. E também o Olá Turista, que vai ensinar inglês e espanhol, focada principalmente na Copa do Mundo”, diz.

CARNAVAL
Segundo José Otávio Meira, a maior parte das vagas dos hotéis e pousadas já está ocupada para o período de Carnaval. “Não adianta sair procurando de hotel em hotel, porque você vai acabar ficando cansado. O ideal é procurar a Abih e ver o que ainda resta para o Carnaval. Mas é muito pouca coisa”, adianta.

Reportagem nº 05 - Exibida no dia 18 de Fevereiro.


Transnordestina e transposição do rio São Francisco elevaram vendas em concessionárias, postos de combustível e lojas de material de construção.

As transformações na economia do Sertão, provocadas pelas obras da ferrovia Transnordestina e da transposição do rio São Francisco, trouxeram ganhos indiretos ainda para o comércio. A última reportagem da série sobre o Sertão que deu certo mostra que setores de automóveis, motos, combustível e construção civil vivem seus melhores momentos.

Para se ter ideia, Custódia é uma cidade com 34 mil habitantes que deu uma guinada da noite para o dia. Foi tanta gente chegando para trabalhar que o comércio, como se diz, bombou. “A gente contratou mais funcionários. Com o movimento crescendo, aí tive que dobrar o quadro de funcionários. As vendas dobraram também, não só na minha loja, mas na cidade inteira”, explica o comerciante Ivanildo Cordeiro.

Nos últimos três anos, 117 empresas foram abertas na cidade. E apenas nove fecharam, de acordo com números da Câmara de Dirigentes Lojistas. Crescimento e diversificação. 

A cidade tinha uma única academia de ginástica funcionando. E Jorge Luís, dono de uma academia no Recife, procurava um lugar para abrir uma filial. Ele lembrou que antes o dinheiro não circulava muito por aqui. Mas agora, viu que o negócio daria certo na cidade. “Prefeitura, aposentado e pensionista. Com essas imigrações que houve a renda per capita da cidade aumentou assustadoramente. Eu coloquei esta academia em Custódia por conta dessa situação”, revela.

Hoje, o local já tem 250 alunos. Mais da metade gente de fora que vive aqui enquanto as obras estão em andamento. Essa gente também consome roupas, remédios e dirige.

Em muitas cidades não circulam tantos veículos quanto nos canteiros de obras. Só a construção da transnordestina trouxe para o Sertão mais de 500 carros. Quando a soma inclui também os caminhões e as máquinas pesadas, ela passa de 2 mil. Conseguir combustível para toda essa frota não foi fácil.

O dono de um posto na cidade de Salgueiro viu o consumo aumentar logo 30%. Ele se animou e investiu. Agora tem três unidades. Um deles em reforma para ficar adequado ao novo mercado.

Em Serra Talhada, Paulo Siqueira trabalha com a família na administração do posto. Ele nem estava preparado para isso. “O fluxo de veículo aumentou para o comércio em geral e o posto de gasolina, não. Aí surpreendeu. Surpresa muito boa. Melhor do que isso não há.”

Quem consome todo esse combustível são as construtoras, claro, mas também os novos proprietários de automóvel. Como o funcionário público Michael Anderson Alex. Ele tem uma moto e agora está comprando um carro. Mesmo com a nova compra, ele ainda não sabe se vai vender a moto. “Vamos olhar as condições junto com o vendedor aqui e analisar direitinho. Possivelmente devo ficar com os dois”, diz.

Clientes como Alex têm feito a alegria de Antônio Carlos Souza, dono de duas concessionárias. E pronto para inaugurar mais uma. Ele diz que vende muita caminhonete, que é um veículo considerado caro, e para tudo que é município. “O ano de 2010 foi muito bom. 2011 vai ser melhor. Está prometendo. Pernambuco está num crescimento grande, especialmente essa região do Sertão. Arcoverde e toda a área operacional, aqui até em Ouricuri, onde eu vendo carro nessa região e o crescimento está muito grande.”

O presidente da Transnordestina, Tufi Daher Filho, lembra ainda que as lojas de material de construção também estão crescendo. “É uma guerra por cimento. Nós hoje temos um consumo diário de aproximadamente 60 mil sacos de cimento por dia na obra. São números absurdos que nós temos que nos adequar.”

Melhor pra quem apostou no setor. E a prosperidade não se revela apenas no comércio e na prestação de serviços. As melhorias vieram até para a matriz de São José, em Custódia. Durante a missa agora os fiéis sentam em bancos novinhos em folha. São 90 que vieram de São Paulo. A compra foi feita pela internet, com o dinheiro dos dízimos e das ofertas. Os fiéis recém-chegados e a nova situação financeira dos antigos tem feito a diferença.

Mais dinheiro recolhido, mais investimentos, revela a secretária da paróquia, Maria Joana da Silva. “Não só para igreja, mas também para o comércio inteiro, inclusive a calçada, que passou por reforma. Primeiro vieram os bancos, em seguida a calçada. A transposição contribuiu muito para essa reforma também.”

O Sertão segue em obras e vai continuar por um tempo. A conclusão tanto da transposição quanto da ferrovia Transnordetina está prevista para 2013. O trabalho e as experiências vividas nessa terra ao longo desse tempo deixarão marcas nas cidades e nas pessoas.

“É muito gratificante porque a gente vê que isso já trouxe algum desenvolvimento só que tem muito mais por vir. A gente vê que tem inúmeras oportunidades aqui na região e muita gente boa para trabalhar aqui. Eu acho que vai dar um orgulho danado porque o que você vai trazer de coisa boa para o povo do Sertão não dá para estimar, porque não é só a obra que vai trazer emprego, que vai trazer melhoria. São os entornos. Você melhora hotel, você melhora a saúde, melhora a condição de vida, a qualidade de vida. Acho que no futuro, quando eu olhar para traz vai dar um orgulho mesmo”, afirma a engenheira Samira Polastre.


Projeto São Francisco apresenta Arte Sacra Sertaneja

Artesão lança exposição individual e demonstra a importância 
da preservação de árvores da caatinga


O Centro de Referência em Comunicação Social (CRCS) do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional abre suas portas para a exposição “A arte de esculpir em madeira de forma sustentável” do artesão Maiquel Alexandre da Silva. O lançamento da exposição será na próxima quarta-feira (11), às 16h no CRCS, na Rua Esperidião de Sá, nº 91, no centro de Custódia (em frente à Escola General).

Maiquel Alexandre da Silva vem lá de Ibimirim, município pernambucano a 110 km de Custódia. Descobriu sua habilidade em esculpir na madeira aos 16 anos através de um convite do amigo de infância Reginaldo. Tornou-se santeiro, ofício é tradição no bairro de Lages, em Ibimirim. Maiquel cria diversas imagens em tamanhos variados com a madeira retirada da árvore de Umburana, espécie nativa da caatinga. Em tupi guarani “umbu” significa o que faz brotar na água e “rana” quer dizer semelhante.



Por ser uma árvore típica do bioma caatinga é importante preservá-la. A madeira utilizada pelos artesãos devem ter o cuidado em se fazer o manejo a partir do uso que se faz dela ou coletá-la depois de ter sido podada.

Maiquel atualmente é oficineiro de escultura em imagens sacras no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), em Custódia. Ele ensina aos pequenos como é a arte de esculpir em madeira. Uma tradição do sertão pernambucano sendo repassada e cultivada por outras gerações. A exposição poderá ser vista, com entrada franca, até o dia 25 de janeiro, das 8h às 18h (com intervalo de 12h às 14h).

Projeto São Francisco

O Projeto São Francisco faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, orçado em R$ 6,8 bilhões, é a mais importante ação estruturante no âmbito da política nacional de recursos hídricos. Ele vai garantir não só a regularidade no abastecimento d’água, mas também o desenvolvimento sócioeconômico dos estados que mais sofrem com as secas.

Por Raquel Santos

 
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