sábado, 8 de outubro de 2011

O Rubi Vermelho - Crônicas de Inácio Miranda



Biografia do Autor

Inácio Américo de Miranda Filho, é natural da cidade de Palmares, zona da mata sul do estado de Pernambuco. É jornalista, escritor, fazendeiro, e corretor. Já foi caminhoneiro, encadernador de livros, e comerciante de ferro velho, ainda é hoje na Estrada da Batalha nº 780 em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes.

Foi gerente de duas Usinas: 13 de Maio e Serra Azul, no município de Palmares. Foi gerente da Fonte de Sabá e de 4 fábricas de caroá em Custódia-PE.

Possui 5 fazendas: Duas em Santa Cruz do Capibaribe, duas em Ibimirim e uma em Quipapá, e ajudou os filhos a fundarem o Karne Keijo. E além disso, foi por 13 anos preso nº 12.960 (CDR) e 3.004 na PAI.

Autor sobre livro

Este livro contém texto curtos, compactos, para possibilitar leituras mais rápidas, bem de acordo com o momento que vivemos em nosso Planeta. Fica mais simples do que textos longos levando em conta que temos Televisão e Internet etc.

Livros do Autor

Faúlhas D'alma (Poesia)
Por Assim Dizer (Contos)
A Saga do Karne Keijo (Biografia)
Tudo nasce do nada (Contos)
O Céu queria clarear (Contos e Crônicas)
O papa-capim do Meu Avô (Contos e Crônicas)
A Europa com meus olhos (Em fase de ultimação)


Turma da Carapuça - Página 35


Quanta poesia no meu tempo de rapaz: Júlio e Boca, Alaíde e Louro, João e Zé Prefeito, sem esquecer Tutinha. Turma da Carapuça no meu tempo de rapaz em Custódia. Eram homens fortes, dos mais fortes da cidade, verdadeiros gigantes! Topavam todos os serviços, os mais pesados: carregar caminhão, fazer carga de caroá e algodão. Fardos saídos da prensa hidráulica até com 200 quilos.

Gilú, negão maior do que Joe Louis, campeão de box norte americano, pegava um daqueles mega-fardos de mais de 200 quilos e os punha sozinho na própria cabeça e depois, por graça, saía gingando lépido pelo meio da praça da matriz e depois o jogava para o meio da carga. Esse gigante era irmão do negão também, cujo nome era "Alaíde" e até hoje eu não sei por que.

Engraçado, nunca esse nome de fêmea me incitou a menor curiosidade. E eu nunca procurei indagar. Alaíde era mais esguio do que Gilú, mas, apesar de ser forçudo, não era páreo para o irmão, de força descomunal. Diziam até que ele tinha mais força do que "Primo Carnera" o lutador brasileiro que rasgou pelo meio um catálogo telefônico. A dúvida ficou, nunca foi medida a força dos gigantes! Existu um atleta chamado MILON DE CRETONA que viveu no século 532 a 512 A.C., cujo seu principal feito foi carregar um boi ás costas durante um percurso de cento e vinte passos e em seguida, o abateu com um murro, para comê-lo e em uma única refeição. No Museu do Louvre, há uma estátua dele elaborada pelo artista Piero Piaget. Esse atleta, depois de velho, teve morte trágica, preso entre um tronco de árvores cujo galhos tentou abrir. Isso aconteceu numa floresta deserta, e seu corpo foi devorado por lobos e ursos ou talvez leões. Quanta poesia existia nessa conversa! Esse era o meu universo em Custódia, terra que tanto amei, adorei, e curti na minha vida durante minha juventude.

Custódia, terra de mulheres lindas! Creuza Pires, Necy Campos, Lourdes de Gilú, Elvira de Moura, Maria Pequena e Maria Cândida! Quanta ternura existiu em nosso fugazes momentos! Isso! Essas mulheres eram meu horizonte alcançado. Como se chegasse no seu encontro céu x horizonte e grampeasse os dois: e pensasse numa sombra de umbuzeiro que jazesse lá. E para aquele chão adusto a trouxesse para debaixo de mim, com toda aquela ansiedade sexual peculiar da adolescência, da potencia daquele Inácio Miranda verdadeiro, sem modéstia, atleta sexual que atravessava a 'pinguela' do Rio Manguaba atrás de Nina, sua namorada que, menina, já era mulher" "Nina menina, já era mulher!..."

OBS: No mesmo livro, na página 195 o autor descreve A MULHER DE CUSTÓDIA.

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2 comentários:

Anonymous disse...

Ainda menino, cheguei a conhecer o Sr. Inacio Miranda.
Fazia sucesso quando "estacionava" em frente à Farmácia Pereira, um lindo cavalo branco atrelado a uma não menos linda charrete pintada de vermelho e branco.Inácio Miranda era "timbú doente".Charrete naquela época, não sei porque era chamada de "Cabriolet". Seria a junção de alguma palavra mais a marca Chevrolet? Com a palavra nosso pesquisador-mor Zé Mello
Fernando Florêncio
Ilheus/Ba

Anonymous disse...

Fernando, Cabiolet é um tipo de carro conversível. Também um tipo de carruagem. Acredito que designava-se caobriolet, charretes e carruagens que eram equipadas com capotas que poderiam ser desarmadas ou armadas, daí o apelido Cabriolet.
J.Melo

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