domingo, 18 de março de 2012

Ministro da Integração Nacional visita Custódia



O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, visitou ontem em Custódia dois lotes da transposição do Rio São Francisco, entre eles o 10, um dos trechos da obra com maior quantidade de placas de concreto já prontas e quebradas, segundo avaliação feita até janeiro. As obras naquele lote pararam em outubro de 2011 e começaram a ser retomadas no mês passado.

A transposição é um projeto para tirar água do Rio São Francisco e distribuir no semiárido de quatro Estados – Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará – em 713 quilômetros de dois canais, o Eixo Leste e o Eixo Norte. O ministro visitou ontem o Eixo Leste.

A obra deveria ter ficado pronta este ano. Agora, sairá apenas em 2015. O orçamento inicial, de R$ 4,5 bilhões, passou por vários reajustes e semana passada atingiu R$ 8,18 bilhões, o equivalente a uma elevação de 82%.

De acordo com o informações do ministério, o lote 10 hoje conta com 109 funcionários e o uso de 10 máquinas. Segundo Bezerra Coelho, até abril serão 700 trabalhadores e 200 equipamentos.

O consórcio Emsa/Mendes Junior não só retomou as obras, como precisou refazer boa parte da colocação de concreto no trecho de canal pelo que está responsável, um total de 40 quilômetros.

Em janeiro, após denúncias sobre o abandono e também sobre a degradação do lote 10, o consórcio começou a quebrar partes do canal para esconder rachaduras e fissuras. Onde o trator "recortou" o concreto, o aspecto da construção se assemelhava a uma colcha de retalhos.

Pelos números oficiais, o lote 10 atingiu 52% de execução.

Dos 16 lotes em que foi dividida a transposição, dois estão a cargo do Exército e 14 são para execução da iniciativa privada. Desses últimos, 13 já têm ou tiveram execução e um nunca saiu do papel. Mas as empreiteiras, para pressionar o governo por reajustes, ano passado começaram a paralisar ou abandonar vários trechos de obras. De 12 que na época estavam ativos, nove pararam.

O lote 11, também em Custódia, foi um dos primeiros a voltar. Em janeiro, contava com cerca de 100 operários. Ontem, após a visita, o ministro informou que aquele lote – com 67% de avanço físico – hoje soma 689 operários.

"Atualmente, o Projeto São Francisco emprega 3.500 pessoas. Com a nova mobilização das obras e o fim do período de chuvas este número deverá chegar a 6,5 mil", informa, em nota, o Ministério da Integração Nacional.

Fonte: Darcio Rabelo

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